As pessoas viajam por motivos diferentes. Tem gente que vai atrás de aventura, outros querem relaxar, alguns buscam conhecimento interior, ou querem conhecer novas culturas, comidas… Eu viajo para descobrir o mundo. Nosso planeta é grande e lindo demais, eu tenho uma necessidade absurda de experimentar o novo, sentir e viver novas experiências.
Para mim, seria impossível passar a vida toda em um único lugar. Sei que lá fora existem países para explorar, religiões para entender, paisagens para admirar e experiências para viver. Por isso decidi me mexer! Em abril de 2014 peguei meu marido pela mão, arrumei as malas, me tornei nômade digital, escritora e blogueira.
Embora eu não esteja procurando nada em especial, e nem querendo encontrar respostas para meus questionamentos infinitos, eu com certeza aprendi muito em 1 ano viajando pelo mundo. Compreendi coisas importantes sobre mim mesma, sobre os outros. Agora tenho mais perguntas e pensamentos malucos do que antes… Isso é o que acontece quando você começa a viajar de maneira mais significativa.
Depois de perambular e divagar, decidi refletir sobre tudo que aprendi em 1 ano viajando pelo mundo e escrever sobre isso. Pensei que poderia publicar um desses artigos trendy tipo: “10 Lições que Aprendi Viajando”. Só que a minha ingenuidade me deu uma rasteira, mais uma vez!
Toda as noites, quando vou dormir, coloco minha cabeça no travesseiro e penso sobre como foi meu dia e os planos para futuro. Em um desses pensamentos me dei conta que embora eu tenha conhecido culturas incríveis, aprendido sobre a história do mundo e do ser humano, no final das contas existe apenas uma grande lição que aprendi. Não são 5, nem 7, muito menos 10 para listar em artigo do blog.
E essa lição é de uma simplicidade absurda, e talvez seja por isso que muita gente se esquece dela. E provavelmente, é essa a razão pela qual ela tocou fundo na minha alma.
A lição que aprendi em 1 ano viajando pelo mundo:
“Nós somos todos iguais.
Queremos ser felizes e amados”
Essa revelação ficou martelando na minha cabeça por quase um mês, até que tomei uma sábia decisão. Abandonei a ideia de escrever um post sobre as “10 Lições” e decidi seguir fiel aos meus sentimentos. Na verdade, isso é até uma situação meio contraditória. Eu tive que experimentar o contraste da vida, aceitar o desconhecido, sentir dúvida, medo, me colocar em situações extremas para chegar a uma conclusão tão simples. Somos todos iguais!
É claro que temos crenças diferentes, comportamentos sociais distintos, uma infinidade de cores de pele, milhares de idiomas e dialetos… Mas no final das contas somos iguais! Carne e osso, sonhos, medos, um coração que pulsa, e o desejo ardente de ser feliz e ser amado.
A diversidade de costumes, religiões, credos e aparência é o que nos faz tão interessantes e lindos. Contudo, essas diferenças não deveriam nos separar. Norte e Sul, cristão e muçulmano, preto, branco, amarelo, gay ou heterossexual… As pessoas criam rótulos, sub-divisões, castas, e a maioria de nós aceita como verdade. Por quê? Para que nos dividir ainda mais?!
Eu fui tão longe, sai da minha zona de conforto, para entender que embora a gente viva de maneira distinta, e tenhamos nossas peculiaridades, nossas diferenças não deveriam nos afastar um dos outros. Nossa diversidade e divergências culturais não deveriam ser usadas como instrumento de medo, opressão, ou como modelo para decidir o que é certo ou errado, melhor ou pior. Nós já temos barreiras demais para cruzar, não vamos criar fronteiras imaginárias.
De norte a sul, leste a oeste… Do homem desconhecido lá do outro lado do mundo, até nossos familiares e amigos mais próximos, nós somos todos iguais. Somos seres humanos e queremos apenas ser felizes e amados.
Eu aprendi essa lição através de sorrisos e conversas. A maneira mais fácil e mais eficiente de se aprender sobre a vida. Meus mestres? Todas as pessoas que conheci, e os amigos que fiz ao longo da jornada. Eles são os responsáveis pela lição mais importante que aprendi em 1 ano viajando pelo mundo. Do fundo do meu coração, eu gostaria de poder dizer pessoalmente a todos vocês: Muito Obrigada!!
Que mensagem maravilhosa! Sério, todo mundo deveria ler teu relato, Naty. De uma simplicidade tão intensa, densa (infinitamente melhor que qualquer “10 something something”). Impossível ler e não ficar contagiado com o amor nessas palavras. Viajar – e ainda mais como vocês estão fazendo – é realmente um elixir pra alma, e tu sabe transportar todos nós, como se fizéssemos parte dessa experiência incrível que fez nascer o Love and Road. Beijos… beijos de orgulho, de saudade, e tudo o mais!
Ahhhhhh, fique até emocionada!
Obrigada pelo carinho e pelo cometário Carol!! Você me conhece como ninguém, sabe o quanto estou feliz por viajar e conhecer o mundo… Mais feliz ainda em compartilhar nossas aventuras e aprendizado. Creio que você concorda comigo, tá faltando amor, respeito e paciência no mundo… Me senti na obrigação e direito de escrever esse post!!
Mil beijos e vem me visitar logo!!!!
xxxxx
Nat
Eu assino embaixo do seu texto viu Natalie. Saí do Brasil em março do ano passado e desde então venho analisando cada pessoa que passa por mim e é isso mesmo, somos todos iguais e no fim queremos apenas ser felizes e amados. Muitas vezes me pego pensando nisso também, como pessoas tão diferentes culturalmente, na essência são tão iguais.
Quem venham mais muitos anos para gente tirar mais lições 😀
Abraço.
http://www.vainamala.com.br
Que legal que compartilhamos o mesmo sentimento!! 🙂
É incrível como na correria do dia a dia perdemos a essência da vida. Viajar nos faz perceber pequenas coisas, nos faz da valor aos minutos e as pessoas que encontramos!
Obrigada por passar aqui pelo Love and Road, e todo o sucesso e sorte para vocês dois!
Abraços
Nat
Oi Nati,
Comecei a ver os posts do love&road no inicio desse ano, pois eu e meu namorado também decidimos nos aventurar… estamos morando na Irlanda há um mês apenas e esse teu texto traduz os sentimentos que encontro em mim… Só busco isso mesmo que você citou: Ser amada, respeitada e feliz!!!
Desejo a você e seu marido os carimbos mais incríveis e toda felicidade desse mundo!!
Um beijo com admiração :*
OI Juliana!!
Nossa, que delícia receber um comentário assim!! Feliz em saber que você eu seu namorado também estão se aventurando pelo mundo. Irlanda foi o primeiro país que eu Rob moramos juntos… Coincidência! 😀
Vamos manter contato, quem sabe a gente se encontra em algum lugar desse mundão!! Te desejo tudo de melhor também!!
Viagens, amor, amigos e muitos sorrisos!!
Beijo,
Nat
Apenas quando fugimos um pouco dos destinos turísticos é que realmente conhecemos a cultura de cada país. É isso que realmente nos faz crescer a cada viagem.
Sem dúvida Fernando!
Sair dos roteiros turísticos nos dá a possibilidade de ver e expereimentar coisas novas, e a cada descober nos tornamos pessoas melhores.
Abraços,
Nat